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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Dylan, hippies, beatnik - fragmentos de um livro por vir - Daniel Lins




Daniel Lins acaba de nos enviar um texto inédito, um artigo muitíssimo interessante, construindo e desconstruindo links entre Bob Dylan (que está fazendo 70 anos!!!), os beatniks (principalmente Kerouac)  com o movimento hippie.
Destaquei alguns trechos do artigo que está inteiro nas páginas do blog.
Veja link no final do post.  

"No âmbito da Beat Generation, Burroughs, Ginsberg, Kérouac, e mais recentemente Bob Dylan, perceberam cada um, segundo sua singularidade, a importância da regra, em tempos de democracia, mas não caíram na armadilha da divinização da regra, pois ela não está acima da liberdade e da autonomia. A regra é da ordem do movimento, da invenção, e não perenidade. A regra não pode camuflar o autoritarismo e a carência de cultura, de conhecimento e de liberdade. É um suporte efêmero, limitado no tempo, que cresce com a sociedade, numa positividade sem retórica da enganação, e que acompanha as transformações próprias às invenções humanas. Não é Totem e Tabu.


"Como toda antiutopia, o movimento beat defendia suas causas, não para impor um sistema ou uma ordem política, conquanto, para fazer da vida, do aqui, do agora, do já, do hoje que é amanhã, e de um ontem que é o futuro, um devir, força positiva por excelência. Uma saudade do futuro.


"Não se tratava apenas de um “retorno às coisas simples da vida”, porém, de fazer da vida uma bela arte, com todos os perigos que a beleza e a arte implicam. Não há invenção sem violência nem estética sem crueldade. O amor à ecologia, a defesa da harmonia do mundo, dos mares, do cosmos, do caosmos, isto é, do ocidente curado da dualidade Homem/Natureza, não era um projeto político de poder, todavia, de vida. Era um estilo de vida que aspirava à liberdade, a autonomia, e que os beatnik queriam expressar, não representar, nem falar em nome de… Tudo no movimento Beat, como em Dylan, personagem-conceito, é uma questão de expressão, alheia, pois, a significação, a representação, a gramática da realeza! "

Leia o artigo integral clicando aqui.

Aproveitamos para ver Dylan e Ginsberg visitando a tumba de Kerouac. (em inglês com legenda em espanhol)


E também extrato do filme-documentário The Source com belas cenas dos beats em Nova York.

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