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quarta-feira, 25 de maio de 2011

conversa no café da manhã: revolução e trabalho

Lucia: quer dizer que esse movimento na Espanha passa por cima dos partidos e sindicatos?

Marta: por cima, por baixo, pelos lados... mas acho que não está passando por dentro, mas deve estar passando nos entres dos sindicatos e partidos.

Lucia: e onde vai dar isso sem direção?

Marta: experimentação do novo, uma dia os partidos e sindicatos também foram nova experimentação e fizeram importantes avanços sociais e políticos.

Lucia: mas onde vai dar isso que está acontecendo agora? revolução?

Marta: como posso saber? mas uma coisa é certa:  há um devir revolucionário no mundo.

Lucia: que tipo de revolução?

Marta: no mínimo uma revolução do "basta", tomara seja mais, que seja uma revolução do desejo e não só mudança de grupos no poder.

Lucia: pois é, os grupos tomam o poder e acabam com a revolução. esse é o problema. toda revolução acaba em contra-revolução...

Marta: sempre devirão novas revoluções... agora, devemos agarrar essa oportunidade, construir uma democracia real, mais real para a maioria do povo. é o que deve ser feito agora, resgatar direitos, criar novos direitos.

Lucia: direitos? mas vc tinha falado em revolução do desejo, vc sempre fala isso de desejo, mas eu não vejo a história caminhando para isso de desejos.

Marta: é pode ser que a história não caminhe para isso exatamente como eu desejo, mas eu caminho, e há muita gente caminhando nesse caminho. as revoluções são  longas caminhadas. mas, na verdade, não há contradição, os direitos são desejos.

Lucia: vamos trabalhar? ou vamos postar?

Marta: os dois trabalhos. o pago e o não pago. é tudo trabalho, ambos,  produção, mais ou menos inventivas.

Lucia: então, ao trabalho. vamos começar por onde?

Marta: pelo trabalho pago, e  nos entre, vamos postando. vamos postar essa conversa que tivemos no café? que tal?

Lucia: legal. gostei desse café e dessa conversa. obrigada.

Marta: obrigada eu, como dizem os paulistas.  

2 comentários:

  1. Marta e Lúcia: concordância total com uma restrição - não ganhei nenhuma xícara de café... O devir erevolucionário está no no ar... voa, pousa aquie acolá; chegará, chegará... nem que tenhamos que fazer despacho na esquina.
    Abraços com ternura, jorge bichuetti

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  2. Eu que fiquei obrigada !
    los indignados parecem ter as mesmas propostas gerais que Stephane Hessel no livro "Indignez-vous" que fez sucesso na França no começo do ano. Indignação tem, o desafio agora é saber organizar tudo isso... tomara que consiguem os Espanhois, e , logo, os vizinhos !

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