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quinta-feira, 12 de maio de 2011

A crise e os bandos

É comum a gente ler ou ouvir nos meios de comunicação hegemônicos que a crise vivida pelos países da Europa advém de "problemas estruturais" da economias nacionais ou do "movimento espontâneo" dos mercados. E a receita que vem logo em seguida é o "programa de austeridade", ou seja, gastos de cortes públicos, intervenção do FMI etc e tal.

É a velha ladainha, ladainha dura para o povo e os trabalhadores afetados por queda dos serviços sociais e do nível de emprego. Ladainha que, nós,  brasileiros, conhecemos bem em passado não muito longínquo... Vocês se lembram? Os burocratas do FMI descendo todos os meses nos aeroportos do Brasil. Como nós conhecemos esses tais  programas de austeridade...  Vencemos um bocado disso, apesar de ainda termos problemas muito sérios a enfrentar, especialmente no combate à miséria e injustiças sociais.  O Brasil vem resistindo bem à crise, mas a especulação está aí... firme. Uma hora dessas, falaremos disso aqui, pois a coisa é mais que séria.  Voltemos à crise européia, européia por enquanto. 

Há felizmente gente que acompanha de perto e pesquisa o que de fato vem ocorrendo na Europa. O amigo Byron Kaldis me enviou link (ver vídeo abaixo)  para a esclarecedora entrevista de Webster Tarpley, um dos críticos mais contudentes das oligarquias que comandam a economia mundial, a hegemonia neoliberal anglo-americana. Nessa entrevista, esse bem preparado intelectual  mostra como a crise atual na Grécia (bem como da Espanha, Portugal etc, ou seja, nações do Sul da Europa e do Mediterrãneo)  é fruto de orquestração dos "bandos" ( não são bancos simplesmente, se parecem mais com bandos - no sentido de bandidagem - expressão minha, aliás,  e não do Byron ou do Webster) especulativos. Tudo decidido em restritas reuniões e jantares. E que jantares! Podemos imaginar o que comem e bebem o Georges Soros e companhia limitadíssima. Elites incapazes de encontrar soluções sustentáveis de desenvolvimento, restam-lhes garantir seus jantares,  de seus filhos, netos, bisnetos, e de seus bandos especulativos (que Webster chama de bancos zumbis, mas não queremos envolver Zumbi nisso) , fundos hedges e outros venenos ... através da valorização artificial do  DÓLAR frente ao EURO (e outras moedas).  Lançam, assim, em abismos profundos as nações da Europa com economias mais suscetíveis,  colocando  em risco todo o mundo, pois o que estão gestando (enquanto jantam)  é nada mais nada menos que uma profunda crise mundial.




PARA COMBATER OS PODERES CONTRA O POVO,
AS POTÊNCIAS DE LUTA E CRIAÇÃO DO POVO

 


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