Tradução

domingo, 24 de abril de 2011

Brilhante

Gabiroba
Guariroba
Goiaba
Pamonha
Arroz com feijão
Biju dos bons
Mexido
Tutu que pula
Quitandas mil
Fogão à lenha
Meninos, meninas
Éramos dez
Correndo, vivendo, comendo
No  Brilhante de Tupaciguara
Na panela da Geralda
Minha mãe
Nossa mãe
Pobre mãe
Doce ou salgado
Alimentadas as panças
Milagre da roça 
Labuta das mães

E eu agora, na metrópole
Perdida
Sem pai, sem mãe,
Sem irmãos, sem irmãs
Sem nada
Morando na filosofia
E lavando a louça
Nesse domingo de Páscoa
Sem galinha no quintal
Sem ovo
Em busca do novo
Brilhante


2 comentários:

  1. Marta, ooemocionante: nosso cerrado com seus luares; vida dos sabores e cheiros, luarese aconchego. Abraços Jorge

    ResponderExcluir
  2. Eu conheço esse Brilhante, sou de lá.. Lindo poema! Neusa Amaral

    ResponderExcluir