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segunda-feira, 25 de abril de 2011

A doença da medicina: a mercantilização

" A ideia de que tudo isso possa ser reduzido ao dinheiro – de que os médicos são apenas “fornecedores” vendendo serviços para “consumidores” de saúde – é, na verdade, doentia. E a utilização desse tipo de linguagem é um sinal de que alguma coisa deu muito errado não só com essa discussão, mas com os valores da nossa sociedade."

Paul Krugmann -  Pacientes não são consumidores

Nesse e em outros artigos, Krugmann tem questionado a mercantilização da medicina nos Estados Unidos. Que vozes como a dele se ergam em todo o mundo porque o processo de transformar a doença em fonte de forte enriquecimento e poder é global.  No Brasil, esse rolo ( sim é um rolo, mais que enrolado)  entre médicos, convênios, hospitais, indústria farmacêutica, escolas de medicina etc. já está para lá de avançado. Como diz um amigo, "está tudo contaminado".  A gente ainda encontra médicos decentes, mas são raros, pelo menos na minha experiência e nos  muitos relatos que ouço. Há que se fazer justiça aos médicos, instituições e nações que resistem a essa perigosa mercantilização da medicina. Porém, a maior justiça será feita quando todos os que a praticam forem questionados . É preciso questionar a  picaretagem. Sim, são picaretas, não passam disso.  Deixemos cada um de nós  de ser "paciente"  com  essa terrível doença. Que a medicina está doente, não há dúvidas.   

Um comentário:

  1. Marta, quando o tema do bullyng feito a superfície do modismo; disse: um terno doce, americanizado, para não voltarmos a ler Goffmann, Ilich e outros que já denunciam, junto dos heróicos trabalhos de Foucault e Canguilhen, o mal que faz e a que m serve a medicina;
    Abraços com carinho, Jorge

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