Querida Maud, como você, penso (ajo) que devemos resistir e lutar contra a opressão, todas as formas de opressão, especialmente aquelas institucionalizadas que transformam as vidas em meias vidas, em vidas sufocadas, apartadas, obedientes, exploradas, tristes. Mas eu não creio que o progresso tecnológico em sim seja o responsável pela opressão.
O homem sempre desenvolveu técnicas para resolver seus problemas de existência, notadamente de sobrevivência: a fogueira, a roda, o barco, a flecha, a casa, o fio, o rifle, o fone, a tv, o satélite, o rádio, a máquina de lavar roupa, o computador ... A indústria não se opõe à natureza como quer o pensamento dualista. Ela é produção humana da natureza. Toda produção técnica é social. A cada sociedade corresponde um tipo de máquina. Penso que não se trata de ser otimista ou pessimista com o desenvolvimento técnico em si. As relações sociais no capitalismo é que engendram e legitimam o tipo de desenvolvimento e de apropriação capitalista da técnica.
O progresso social é possível, mas não está garantido.
Um exemplo da ambiguidade do discurso contra o progresso técnico. Ontem um amigo, doutor em ambientalismo, me telefonou do interior de São Paulo e na conversa veio a reclamação do progresso tecnológico. Mas aí eu o lembrei: o telefone que você está usando é um progresso técnico, quer quebrá-lo?
Não quis fazer um manifesto. Expressei um pensamento. Um pedacinho de pensamento.
beijo
Marta
O homem sempre desenvolveu técnicas para resolver seus problemas de existência, notadamente de sobrevivência: a fogueira, a roda, o barco, a flecha, a casa, o fio, o rifle, o fone, a tv, o satélite, o rádio, a máquina de lavar roupa, o computador ... A indústria não se opõe à natureza como quer o pensamento dualista. Ela é produção humana da natureza. Toda produção técnica é social. A cada sociedade corresponde um tipo de máquina. Penso que não se trata de ser otimista ou pessimista com o desenvolvimento técnico em si. As relações sociais no capitalismo é que engendram e legitimam o tipo de desenvolvimento e de apropriação capitalista da técnica.
O progresso social é possível, mas não está garantido.
Um exemplo da ambiguidade do discurso contra o progresso técnico. Ontem um amigo, doutor em ambientalismo, me telefonou do interior de São Paulo e na conversa veio a reclamação do progresso tecnológico. Mas aí eu o lembrei: o telefone que você está usando é um progresso técnico, quer quebrá-lo?
Não quis fazer um manifesto. Expressei um pensamento. Um pedacinho de pensamento.
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